terça-feira, 13 de maio de 2008
As Barreiras
sábado, 15 de março de 2008
Bolívia e seus encantos
A Bolívia é um país da América do Sul, limitado a norte e a leste pelo Brasil, a sul pelo Paraguai e pela Argentina e a oeste pelo Chile, e pelo Peru. Tem como capitais, Sucre e La Paz. É um país sem litoral, com grande pobreza e baixos índices sociais. Também possui a segunda maior reserva de gás natural do continente, apenas superado pela Venezuela.
A Bolívia foi um local onde se desenvolveram grandes civilizações indígenas, a mais importante das quais foi a civilização de Tiahuanaco. Tornou-se parte do império Inca no século XV. Quando os espanhóis chegaram no século XVI, a Bolívia, rica em depósitos de prata, foi incorporada ao vice-reino do Peru, e mais tarde ao de La Plata.
A luta pela independência começou em 1809, mas permaneceu parte da Espanha até 1825, quando foi libertada por Simón Bolívar, a quem o país deve o seu nome. Após uma breve união com o Peru, a Bolívia tornou-se totalmente independente. Nos anos seguintes, a Bolívia perdeu parte do seu território devido a vendas e à guerra. Uma das mais importantes guerras foi a Guerra do Pacífico.
A Bolívia enfrenta problemas culturais e raciais, e sofreu ao longo dos anos inúmeras revoluções e golpes militares. Em 1980, a democracia foi restaurada após a destituição de uma junta militar.
A Bolívia está dividida em 9 departamentos (mesmo nome em castelhano):
Chuquisaca
Cochabamba
El Beni (ou simplesmente "Beni")
La Paz
Oruro
Pando
Potosí
Santa Cruz
Tarija
Cada departamento está subdividido em províncias (mesmo nome em castelhano), que são responsáveis por alguns assuntos locais.
A população da Bolívia é composta de quíchuas 30%, aimarás 25%, eurameríndios 15%, europeus ibéricos 15% e outros 15% (1996).
Os idiomas oficiais são o espanhol, o quíchua e o aimará.
Religião: Cristianismo 98,9% (católicos 88,5% e protestantes 10,4%), outras 1,1% (1995). Densidade demográfica: 8 hab/km². População urbana: 61% (1998).
Crescimento demográfico: 2,3% ao ano (1995-2000).
Taxa de fecundidade: 4,36 filhos por mulher (1995-2000).
Expectativa de vida: Homens 60 anos e mulheres 63 anos (1995-2000).
Mortalidade infantil: 66 por 1.000 (1995-2000).
Analfabetismo: 14,4%(2000). IDH: 0,643 (1998).
A cultura da Bolívia tem muitas influências incas e de outros povos índios na religião, música e vestuário, como por exemplo os bem conhecidos chapéus de coco.
A festa mais conhecida é o El Carnaval de Oruro, património cultural da UNESCO.
O entretenimento mais comum é o futebol, desporto nacional, que é praticado quase em cada canto de rua. Jardins zoológicos também são uma atração popular.
A economia boliviana gira em torno da agricultura, petróleo, comida e bebida, mineração e gás natural e plantação da coca.
Lugares turísticos da Bolívia:
Bolívia conta com muitos pontos turístico já que é um país multi-étnico e multi-cultural e por possuir maravilhas naturais, materiais e culturais como as seguintes: Salar de Uyuni, a maior planície de sal do planeta Lago Titicaca, o lago navegável mais alto do mundo situado na Bolívia e Peru. Tiwanaku, um dos berços da civilização humana. A Floresta Amazônica, a maior floresta do mundo, situada principalmente no Brasil mas também nos países vizinhos. Parque Nacional Noel Kempff Mercado. As Missões jesuíticas da Bolívia, as únicas missões vivas em toda a América. Forte de Samaipata, um forte dos incas onde delimitava o antigo império, declarada como Património da Humanidade pela UNESCO. Os Andes, a cordilheira mais larga do mundo, atravessando todo o litoral pacífico da América do Sul. Chacaltaya, a pista de esqui mais alta do mundo com 5.375 metros de altitude. O Nevado Sajama, a montanha mais alta do país com o bosque mais alto do mundo. O Salar de Coipasa Lagoas de cores como a Laguna Verde, junto um dos vulcões mais ativos e altos o mundo localizado em Licancabur e no lago de Colorada santuário dos flamencos andinos. Cidade Histórica de Potosí, com seu Cerro Rico antigamente o maior nascimento de plantas do mundo. Cidade Histórica de Sucre, capital dos quatro homens que levantaram o primeiro grito libertário da América, com sua universidade uma das mais antigas e prestigiadas do continente.
Santa Cruz de La Sierra:
Ventos fortíssimos, calor, muito calor... movimento: essa é a primeira visão de Santa Cruz de la Sierra. A cidade é capital do departamento Santa Cruz, onde só 1/3 da região é montanhosa, o resto se estende sobre a planície amazônica.
Samaipata
Local onde morreu Ernesto Che Guevara. O local de exuberante natureza, tem um museu arqueológico e o turismo explora a "Rota de Che". (Leia reportagem da revista Veja, publicada em 1997, para saber um pouco mais sobre a cidade e o mitológico Che).
Cochabamba:
Cochabamba, capital do departamento homônimo, tem posição estratégica.O departamento é o centro articulador da Bolívia, pois permite a movimentação do produto nacional através de suas estradas, sendo uma região de integração. O local tem diversa produção agropecuária. Bem mais fria que Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba tem lindas montanhas e vegetação e da cidade partem ônibus para diversos pontos do país Já os arredores de Cochabamba se dividem em: Vale e Zona Tropical. Ambas as regiões têm vários atrativos, de banhos termais a sítios arqueológicos, passando por fazendas, museus, cascatas, cavernas, usinas e belos bosques.
Cristo de la Concórdia
É possível avistar o "cristo-índio" de longe, em cima do monte San Pedro (256 m de altura). A escultura de mais de 40 metros foi esculpida por um artista cochabambino, César Terrazas Pardo. Segundo os locais, o Cristo é o mais alto do mundo. No alto, é possível chegar a pé por escadas, em microônibus ou pelo teleférico (o primeiro do país). Do Cristo se tem uma visão panorâmica da cidade e do vale central, onde há uma bela lagoa, com ciclovia (que une o leste e o norte da cidade. A via começa nas avenidas Gabriel René Moreno e Simón López e termina aos pés do Cristo). Paseo de la Alameda Localizado ao norte do centro da cidade o local lembra os bulevares parisienses. Há vários quiosques vendendo todo tipo de produto e frutas.
La Paz:
A maioria dos visitantes chegam a La Paz (3600 m) pela planície de El Alto, dela é possível avistar o profundo cânion que abriga a mais importante cidade boliviana e o nevado Illimani (6400 m). A paisagem é fascinante. Parece que chegamos a uma cratera lunar habitada por terráqueos e arquitetos "doidos" (tudo é meio rústico e apinhado). Paz? Nem tanto! La irá sentir o soroche (mal da altitude): falta ar, há leves tonturas e enjôo, além disso o trânsito local é bastante confuso e como em toda "cidade grande" há pedintes e correria por todos os lados.
A cidade tem atrações para todos os gostos, de artigos esotéricos a museus, passando por pista de ski e locais para escalada. Para o pessoal atento à arquitetura, há grandes prédios antigos como os palácios do governo e do legislativo e a igreja de São Francisco construída no século XVII a mando dos espanhóis. Já em El Prado (avenidas 16 de julio e 6 de agosto) encontram-se construções modernas. Se o seu negócio é mais aventura, ela lhe espera no Vale da lua. A 30 minutos de La Paz, rumo a Mallasa, há uma bela paisagem com grandes formações rochosas. No caminho se vê El Peñon e outras rochas "freqüentadas" por escaladores nos finais de semana. Para chegar ao local pegue o ônibus 11, 231 ou 273 à Mallasa, na rua México, na Plaza de los estudiantes, em La Paz. Um pouco mais longe (cerca de duas horas) há a mais alta pista de ski do mundo: 5500 m de altitude, Chacaltaya. Se for até lá, use agasalhos e óculos escuros. O equipamento pode ser alugado no local. Também há opções para trekking e montanhismo, só que a distâncias maiores. Os preços dos hotéis em La Paz variam muito conforme sua localização e "constelação". Na bairro chamado Zona do Cemitério por exemplo, um hotel com banheiro privado do tipo três estrelas custou US$ 4 por pessoa, o preço de um número no MC Donald's local.
Tiahuanaco:
Abriga ruínas da mais antiga civilização pré-colombiana Longe de ser uma aventura ou de ter um cenário estilo Indiana Jones, Tiahuanaco atrai mochileiros de várias partes do mundo, por abrigar ruínas da mais antiga civilização pré-colombiana, a Tiahuanacota (1580 a.C 1172 d.C). O centro da cidade, se é que pode se chamar assim, tem alguns alojamentos/restaurantes, umas três mercearias, uma praça e uma igreja. O templo foi construído pelos espanhóis (1580) com materiais provenientes da destruição das obras incas. Hoje, o símbolo do domínio espanhol está abandonado. Caminhando, a uns 15 minutos do povoado, está a área arqueológica local (ruínas e um pequeno museu). A visitação pode ser feita das 9h às 17h, a entrada para estrangeiros custa US$ 3.
Copacabana, Titicaca e ilhas:
Encanto Copacabana, às margens do Lago Titicaca, é um centro de peregrinações desde os tempos pré-colombianos. O local foi fundado por Incas, mas existem vestígios de culturas mais antigas, como a Tiahuanacota. Já a colonização espanhola se deu por volta de 1645. A península recebe muitos turistas e mochileiros e parece estar se adequando para melhor atendê-los, mas já oferece simples hotéis e restaurantes, tem lojas de artigos típicos e um mercado municipal. Das atrações "pós Colombo" destaca-se o Calvário (que permite vistas espetaculares do Titicaca e da cidade) e a Catedral Virgen de la Candelária. Das "pré Colombo", sobressaem-se interessantes sítios arqueológicos: Intikala (Tribunal del Inca), Horca del Inca e Kusijata (Baño del Inca). Lago Titicaca. visto do alto da Ilha do Sol Considerado o lago navegável mais alto do mundo (3810 m), o Lago Titicaca é um dos pontos mais bonitos do país e ao seu redor se assentaram as mais importantes culturas pré-colombianas. O estreito de Tiquina (travessia em lancha custa US$ 0,25 por pessoa) divide o lago em Lago Maior ou Chucuito, ao norte e Lago Menor ou Huiãnay Marka, ao sul; locais onde estão as ilhas do salgado, sagrado, imenso e profundamente azul Titicaca. No Lago Menor estão as ilhas Suriqui (há construções indígenas e embarcações de papiro) e Kala Uta (há várias casas e torres funerárias de pedra - Chullpares - atribuídas à cultura Aymará). Para chegar aos locais é preciso pegar uma lancha em Huatajata. No Lago Maior estão as ilhas do Sol e da Lua. O acesso a ambas é feito em lanchas que saem de Copacabana. É preciso estar atento aos horários (8h e 13:30h), se não, só pagando US$ 25 (negociáveis é claro) para um passeio privado. O coletivo sai por US$ 2 por pessoa. Do lago, rumo à Ilha do sol, já é possível avistar o Palácio dos Incas (construções em pedra), um dos oito sítios arqueológicos da ilha. O cenário é enigmático, de ocres muito intensas, das roupas dos nativos, do verde da ilha, de suas flores, do intenso azul do céu e do lago...
Potosí:
A cidade mais alta do mundo Terminal rodoviário da cidade mais alta do mundo a impressão não é das melhores. À primeira vista Potosí tem ares de cidade interiorana e pobre, a rodoviária é suja e cheia lá é o local onde vê mais bolivianos do "tipo esperto ou malandrão", sensação ruim em virtude da escassez do ar. Chegado à praça principal da cidade, a opinião começa a mudar. O local tranqüilo e limpo abriga uma grande quantidade de monumentos coloniais, incluindo igrejas do século XIX e vários museus. Dentre eles, merece destaque a Casa de la Moneda (Casa da moeda), considerado um dos museus mais interessantes da América do Sul, o local foi fundado em 1572 está muito bem conservado assim como o que exibe: arquivos coloniais, pinturas religiosas, máquinas de madeira usadas para cunhar as primeiras moedas bolivianas etc. O interior do museu é um pouco frio e a arquitetura um misto de belo e diferente. A entrada custa US$ 1,70 por pessoa, com direito a um guia que acompanha o número limitado de visitantes.
Comida:
A comida boliviana é bastante simples e variada, apesar de quase todos os pratos e em todos os lugares, a refeição trazer frango (pollo dorado, por exemplo) e batatas (fritas ou cozidas). Existem também variantes como a milanesa (mais ovo do que carne) e a ranga (uma espécie de dobradinha super apimentada). Tudo tem muito óleo o que, segundo um médico local, é utilizado para minimizar os efeitos da altitude e do frio. Picanha ? Detalhe interessante é um prato que traz picanha, em Uyuni: caldo de feijão (aliás, coisa difícil de encontrar na Bolívia), uma espiga de milho, uma coxa de frango e a dita picanha - uma carne cozida com osso! Por essa e por outras recomendapse que por mais comum que o nome do prato seja é melhor perguntar, se não aquele churrascão gostoso pode resultar num sopão insosso ou demasiadamente picante. O Ovo é a base do sanduba!!Os sanduíches têm base de pão (é claro!) e ovo. Se não gosta do produto galináceo, peça sem. Os bolivianos pareciam achar estranho pedirmos o lanche sem ovo. Por exemplo, um sanduíche de queijo vem com ovo e dependendo da lanchonete, uma rodelinha de tomate (sem tempero). Por favor, 5 pãezinhos...Se gosta de um pão francês é melhor mudar o hábito. Só há uma espécie de pão chato tipo árabe (com sabor). Cuidado com alguns pães que dizem ter recheio de queijo - é uma água com amido de milho. Na primeira mordida é sujeira na certa e o negócio não é nada saboroso. Os pães também recebem diversos nomes, sendo impossível gravá-los. Um deles, o cuñape é semelhante a um pão de queijo. Será difícil encontrar produtos industrializados. Até os hambúrgueres (hamburguesas) são caseiros, como um bolinho de carne moída achatado. Llamita Assada...Se tiver curiosidade em experimentar carne de llama, pode ir preparado para comer algo que lembra carne de porco, vaca e peru misturados! Prato feito: o famoso PF!!! O modo como são vendidos é o mais surpreendente. No Trem da morte por exemplo, os pratos são vendidos aos passageiros pela janela: um PF até com talheres de plástico. Isso que é drive thru! Além da janela, nos corredores, os bolivianos vendem de tudo, de empanadas a peixes fritos. Cuidado com os picantes; eles fazem jus ao nome. É bom sempre ter uma bebida ao lado. Fast Food para um "lanchinho rápido" é fácil encontrar empanadas e salteñas, salgados parecidos com pastéis. (A primeira é frita, a segunda assada e recheada de legumes, sobretudo batatas apimentadas). Existem também os pastéis (deles) e as tortillas.
Bebidas:
Chazinho maneiro...Essa realmente é para "sobreviver": chá de folha de coca. Esqueça a droga e o que ouviu falar sobre os efeitos. A folha de coca seca como é vendida, não tem nenhum efeito alucinógeno, tão pouco faz mal à saúde. Pelo contrário, alivia os eventuais transtornos gastrintestinais provocados pela altitude e além disso é utilizada pelos bolivianos para inibir a fome. Um exemplo pode ser os mineiros que têm longos dias de um árduo e perigoso trabalho nas minas de prata de Potosí. Tomamos e sentimos melhora nas tonturas, enjôo e frio, nada além! Também é possível mascar as folhas, o que causa um leve adormecimento na boca. Água Mineral... salgada!Existe uma grande variedade de águas minerais no país: salgada (Vizcacha), doce, com sabor de limão, cidreira... com e sem gás. Preste atenção no rótulo ou ao pedir. Uma cervejinha com los hermanos...As cervejas Paceña e Hiari (marcas locais) têm o sabor do malte mais forte, porém são um pouco "aguadas". A Paceña foi considerada a segunda melhor cerveja do mundo em um festival na Alemanha. Refrigeréko...Há diversos tipos de refrigerantes (também chamados de sodas), além dos existentes no Brasil. Exemplos: Mendocina (uma espécie de Pepsi), Salvetti (de cor rosa profundo, o refrigerante tem gosto de aspirina infantil).
Remédios:
Leve um kit Primeiros-socorros (gaze, algodão, band-aid, mercúrio, esparadrapo etc) e remédios para dores-de-cabeça, estômago, enjôos, enfim, os paliativos que tem costume de tomar. Em um outro país, os nomes fantasia são diferentes e os genéricos são difíceis de decorar. Agora se o negócio apertar, esteja onde estiver, é melhor buscar um médico
Transporte:
Antes de entrar em qualquer meio de transporte boliviano tenha muita paciência. Os atrasos são de no mínimo uma hora, há super-lotação, os veículos são velhos, mal conservados e podem dar problema a qualquer momento. Não existem ônibus coletivos grandes como no Rio ou em São Paulo. O transporte é feito em vans, como lotações. Os ônibus maiores são Jardineiras (Dodge) ultra-coloridas Tempo de viagem e valor das passagens:
Tipo Intinerário Tempo Empresa Preço
Onibus São Paulo (SP) à Puerto Soarez - Bolívia 22h Viação Andorinha R$ 148
Ônibus R.de Janeiro (RJ) Puerto Soarez - Bolívia 28h Viação Andorinha R$ 175
A pé atravesse a fronteira, Arroyo Concepción (Bolívia - ponto final do ônibus brasileiro)
à Puerto Quijarro 5m de Taxi boliviano US$2
"Trem da Morte" Puerto Quij. à Sta. Cruz de la Sierra 19h F. Oriental US$6 a US$15 Ônibus Santa Cruz de la Sierra à Cochabamba 18h Empresas Locais US$ 7
Ônibus Cochabamba à La Paz 15h Empresas Locais US$ 6
Ônibus La Paz à Copacabana 4:30h Empresas Locais US$ 5
Taxi: Bom e barato para pequenos trajetos, um meio legal é o táxi. Na maioria deles não há taxímetro e você pode negociar o preço do trajeto. Se não houver negociação, é porque há uma tarifa fixada de X bolivianos por passageiro (e não por corrida), mas pergunte sempre antes o preço da corrida!
O Trem:
O trem pode até surpreender, mas não assustar. São 19 horas de viagem em meio a áreas rurais da região. E em todo esse tempo ouvindo os vendedores em uníssono: "Limonada, café, soda (refrigerantes), espetinhos de frango, carne, peixe frito e mais uma infinidade de produtos incluindo os pratos feitos (PF). Podemos dizer que a maior diferença entre o "trem da morte" e um trem de subúrbio paulista é que no segundo, são vendidos produtos industrializados e os vendedores exploram mais o produto "vai refrigerante (falam o nome de todos) geladinho, um real..., só tem aqui" ou coisa do tipo. No trem boliviano só os refrigerantes, chocolates, balas, chicletes e papéis higiênicos não são caseiros. Limonadas são transportadas em baldes abertos e vendidas em sacos plasticos com canudo. Além do comércio, o que pode surpreender alguns viajantes é o jeito dos bolivianos: incansáveis correm de vagão à vagão, sobem e descem nas paradas, gritam, se esbarram, quase sentam no seu colo... Outros fatos, são os homens da Polícia Nacional e/ou do Exército que circulam pelo trem e podem conferir sua passagem (sem problema se não estiver com seu nome) e a eventual falta de luz à noite (por isso não esqueça a lanterna e fique de olho na mochila). ..... Se quiser um pouco mais de sossego na viagem, desembolse US$ 17 (na bilheteria, claro) e vá na categoria Super Pullman, onde não há acesso aos vendedores e os bancos são reclináveis (mas não se anime, não chegam a deitar). Se preferir economizar e já se integrar à Bolívia e tomar um "chá de fila" vá nos vagões das classes 1 (US$ 8) ou 2 (US$ 6). Essas classes não têm muita diferença entre si. Na primeira os bancos são para duas pessoas e em um 90º. Já na segunda os bancos também têm 90º podem ser para três pessoas e você corre o risco de viajar 18 horas de costas. Também há a opção extra, noturna que sai com apenas dois vagões, por US$ 35.
Compras:
Pechinchar! Você sairá da Bolívia um expert no assunto. Exemplo: uma lanterna de US$ 4 pode acabar saindo por US$ 2, com um pouco de "negociação". Surpresas com relação a preços podem ser várias. Exemplo: uma passagem de Potosí para Uyuni na primeira consulta pode ser US$ 7, na segunda US$ 5. Só aceite o primeiro valor dito se vir ou sentir que aquele preço é tabelado. Sempre confira o troco!Nunca pergunte o preço de algo já com o dinheiro na mão. Um chocolate pode custar US$ 0,35, mas se você tiver com uma nota de US$ 1 na mão certamente esse será o custo. Reserve trocados para usar os banheiros das rodoviárias e para entrar nos terminais rodoviários (mesmo que já tenha pago a passagem).
Cambio:
Antes de viajar pesquise a cotação do Boliviano, o dinheiro da bolívia. Troque o real por dólar em notas acima de US$10. Estando na Bolívia, não se preocupe com o câmbio, a cada passo você encontrará um cambista. Se isso não ocorrer, converse com algum comerciante para trocar as verdinhas por bolivianos.
Internet:
As cidades maiores como La Paz, Sucre e Potosí têm cyber-cafés funcionando. Em La Paz por exemplo o preço do acesso é de menos de US$ 1 por hora. A conexão é como as discadas no Brasil.
Segurança:
A Bolívia não aparenta ser violenta tendo como base os vários contatos que tive com pessoas que visitaram. Mas como em toda viagem por países da América do Sul, esconda muito bem seu passaporte e seu dinheiro. Alem do mais você não vai precisar de muito dinheiro pois é possível conhecer toda a Bolívia com menos de $ 1.000,00 dolares, portanto o que você esta esperando, aproveite.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Fase Inicial
Neste nosso blog queremos compartilhar com vocês, um pouquinho de nossa aventura, e portando nada melhor do que saberem como tudo começou, pois quando estivermos lá queremos vocês junto conosco em cada situação que vivênciarmos.
Dia 01/09/2007, eu Célio Cordeiro Vieira, brasileiro, viúvo, administrador de empresa, residente em Presidente Prudente, São Paulo, tive a idéia de fazer uma viagem durante seis meses pela América Latina, e eu convidei Bruno Tunis, brasileiro, solteiro, estudante de direito, residente em Maringá – Paraná, para juntos planejarmos e começamos a dar vida a nossa grande e tão sonhada aventura,
Passamos a dar asas a nossa imaginação e vida ao nosso “sonho”, além de ser um projeto de realização pessoal, tínhamos o propósito de explorar toda a cultura da “nossa” grande América Latina.
Após alguns contatos pôr telefone e Internet, dia 09/09/2007, tivemos o primeiro contato pessoal onde começamos a elabora as idéias e a partir daí, traçarmos a estrutura básica do projeto.
A viagem será realizada de moto por um período de seis a oito meses, tendo data prevista de partida dia 04/08/2008 com retorno previsto dia 04/04/2009, Nesta viagem será de estrema importância o conhecimento do Bruno, haja visto que ele tem um conhecimento de mecânica de moto, é um trilheiro nato, quanto a mim, cabe a experiência de elaboração de projeto tendo visto a vasta experiência em administração e estratégia, bem como um conhecimento razoável como chefe de equipe de moto velocidade na do qual o piloto Biro foi campeão paranaense, e portanto, o que permitirá um projeto mais arrojado e audacioso.
A viagem será totalmente registrada o que servirá como fonte para um documentário e ira focar três aspectos fundamentais: roteiro, cultura e turismo, documentário estes que será editado em forma de livro e DVD, com o objetivo de servir como base a todos os adeptos a este tipo de aventura.
· Aspecto Roteirístico: abordara, trajeto, distancia, tempo gasto, rodovias, condições e custo de alimentação e hospedagem, variação cambial, legislação, tempo gasto, clima (tendo em vista que iniciaremos a viagem no inverno e retornaremos no inicio do verão).
· Aspecto Cultural: procuraremos conviver o Maximo possível com os habitantes locais, até mesmo pernoitar em albergues, casa de família, para que possamos vivenciar o e conhecer seus hábitos e costumes, seja de alimentação, religioso, folclórico e educacional.
· Aspecto Turístico: Iremos fotografar e filmar, lugares históricos, paisagens, cidades, obras, monumentos, ruínas, enfim, tudo aquilo que refletir beleza, informação e historia, desta nossa terra chamada América Latina.
Para este projeto outras pessoas estarão envolvidas tais como: três pessoas que ficarão responsáveis por toda à parte de edição e manutenção de um site que será alimentado quase que diariamente, com todas as informações e fotos de tudo que esta acontecendo no decorrer da viagem, também terá uma pessoa que ficara responsável no que se refere às relações publicas o qual estará fazendo todo o contato com patrocinadores e a mídia, ainda terá um quinto elemento que chamamos de apoio técnico que estará nos fornecendo todas as informações necessária no decorrer da viagem.
Primeiramente e necessário sabermos um pouco de o que é América Latina.
A América Latina compreende todos os países do continente americano que falam espanhol, português ou francês, bem como outros idiomas derivados do latim. Compreende a quase totalidade da América do Sul, exceto a Guiana e o Suriname, que são países germânicos. Engloba todos os países da América Central, exceto Belize e engloba alguns países do Caribe como Cuba, Haiti e República Dominicana. Da América do Norte, apenas o México é considerado como parte da América Latina.
Os demais países americanos restantes tiveram colonização majoritariamente anglo-saxônica, com exceção do Québec, que é de colonização francesa (portanto, latina) e dos estados do sudoeste dos Estados Unidos, de colonização espanhola, além da Louisiana, que tem colonização francesa.
A América Latina engloba 20 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Ainda na América Latina existem mais 11 territórios que não são independentes e, portanto não podem ser considerados países.
A América do Sul é um subcontinente que compreende a porção meridional das América. Sua extensão é de 17.819.100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre, porém só tem 6% da população mundial. Une-se a América Central, ao norte, pelo istmo/canal do Panamá. Tem uma extensão de 7.400 km desde o mar do Caribe até o cabo Horn, ponto extremo sul do continente. Os outros pontos extremos da América do Sul são: ao norte a Punta Gallinas, na Colômbia, ao leste a Ponta do Seixas, no Brasil, e a oeste a Punta Pariñas, no Peru.
A América Central é a região do mundo limitada ao norte pela Península de Iucatã, no México e ao sul pela Colômbia, limitando a Oeste com o Oceano Pacífico e a Leste com o mar das Caraíbas (Oceano Atlântico).
Bom agora que sabemos para onde vamos, devo dizer que os preparativos para uma grande viagem é a fase mais ansiosa! Conversar com pessoas que já fizeram viagens semelhantes, definir roteiros, pontos de visitação, locais de pernoites, gastos com alimentação, hospedagem, combustível entre outros. Questionar sobre o que levar, que tipo de proteção vestir, os maiores desafios que iremos encontrar, tal como tipo de alimentação, chuva, frio, calor, neve e fortes correntes de vento. Preparar os equipamentos, motos, roupas, fazer chek-list's de acessórios, documentação... São coisas que levam algum tempo a se definir. Uma jornada de tal magnitude, não se decide e viabiliza em semanas.
A começar com a documentação. Esta deve ser a primeira preocupação de quem anseia se aventurar fora do nosso país. Deve-se ter em mãos a identidade (RG apenas. Carteiras profissionais, e de motorista, não são aceitas como identificadores), documento do veículo em nome próprio e sem alienações (caso esteja alienado, ou em nome de terceiros, deverá portar uma autorização do proprietário ou alienante), expressa para transitar em território estrangeiro. O PID é necessário, (CNH internacional) conhecido como carta verde. Passaporte não é exigido nos países do Mercosul, porem nos demais países da América Latina sim, também será necessário o Seguro Obrigatório internacional (DPVAT). Para quem vai de carro, ou moto com seguro particular (contra furto/roubo/acidentes...), basta solicitar a própria seguradora, é recomendável também um plano de saúde internacional.
Muitas vezes nos perguntamos que tipo de moto utilizar?
Este fator varia muito de acordo com cada situação: Esta decisão deverá ser tomada seguindo cada gosto, estilo e prioridades, alem da escolha da moto, e fundamental levar os acessórios utilizados na moto, peças sobressalentes de reposição e ferramentas e material de manutenção. Não se pode esquecer também da moto. Esta deve sair completamente revisada, com o óleo trocado, com filtros, velas, pastilhas de freio e pneus NOVOS. Não é uma boa idéia ter que interromper a viagem porque qualquer um desses elementos apresentou defeito e/ou desgaste prematuro, Também é preciso verificar se a corrente está ajustada, os engates perfeitos, graxa suficiente para evitar secura, se os parafusos estão apertados e se o óleo é suficiente como recomenda o fabricante. Se a viagem for longa, é bom levar lata de óleo sobressalente, (lógico que para essa viagem iremos efetuar varias trocas de óleo e pneus, evidentemente não iremos levar todos, mas pelo menos uma reserva emergencial).
As motos-viagens normalmente são praticadas por pessoas que gostam de motos e desejam aventurar-se pelas estradas. Os destinos e o tempo de duração da viagem variam conforme os viajantes. Pode ser feita só, ou com acompanhante e até mesmo em grupos.
Nas viagens longas, o ideal é usar motocicletas de, no mínimo, 500 cilindradas. Em qualquer viagem é preciso ter lanterna, mapa, estojo de primeiros socorros, ferramentas e peças de reposição, ajuste de freios, embreagem, e calibragem correta dos pneus (para uma ou duas pessoas).
O mais seguro é trafegar próximo à faixa central, onde há menos perigo da pista estar suja de óleo. Também nesta área o empoçamento é mais raro e é maior a flexibilidade de movimento em caso de derrapagem ou fechada de automóvel. Em caso de chuva em estrada de terra, é melhor andar no rastro dos pneus dos caminhões porque eles abrem sulcos, diminuindo os riscos de derrapagem nas poças. Se sentir que o combustível é pouco e não há posto de gasolina próximo, andar a velocidade reduzida. Isso proporciona economia de gasolina. Usar sempre o capacete e obedecer ao limites de velocidades e a legislação vigente do pais. Na chuva, relaxe o corpo para sentir menos frio.
Nesta nossa preparação inicial relacionamos algumas coisas que consideramos de extrema importância nessa nossa viagem.
Todo o cuidado foi direcionado na escolha dos equipamentos, visando sua utilidade, volume, peso e qualidade, procurando levar apenas o essencial, de forma a evitar o excesso
de carga por uso de equipamento desnecessários.
2-Macacão isotérmico.
2-Jaquetas modelo: 100% impermeável
2-Calças modelo: 100% impermeável
2-Conjunto Moto Store (SUPLEX) - Body Wear
2-Luvas modelo: Impermeáveis para calor
2-Luvas modelo: Impermeáveis para frio
2-Botas modelo impermeável
6 - Camisetas manga curta
2 - Camisetas manga longa
3 - Calças Jeans
1 - Conjunto Social.
1 – Blusa de lã
2 - Calça moletom
2 - Bermuda
1 - Short de banho
1 - Sapato social
1 – Tênis
1 – Chinelo
1 – Boné
8 – Cuecas
8 - Pares de meia
2 - Toalhas de banho
Camping
1 Barraca 2 pessoas
2 Caneca plástico
2 Cantil – com um boa reservas
2 Cápsulas de gás 230g
2 Cobertor
2 Copo alumínio ou inox
1 Detergente líquido
1 Esponja
1 Extensão 20 metros
2 Faca esportiva
3 Panos de algodão
1 Fogareiro portátil
1 Lampião portátil
1 Funil
2 Isqueiro
1 Lanterna pequena e uma grande
2 Panela pequena alumínio
3 Prato pequeno alumínio
2 Saco dormir térmico –10c
5 Sacos de lixo (200)
Sacos de lixo 63x80cm (10)
1 Papel toalha
3 Velas palito (10)
3 jogos de talheres
Primeiros Socorros:
1 pacotes de algodão esterilizado
2 pacotes de gaze
1 Água oxigenada
1 caixa de curativos (tipo band-aid)
1 rolo de esparadrapo
1 termômetro
1 tesoura
1 pinça
1 medicamento contra diarréia
1 loção de calanima (tipo Caladryl)
1 vidro de substância anti-séptica (iodo)
6 Analgésicos e antitérmicos (Tylenol/AAS)
2 Antialérgicos (claritin/clorfeniramina)
6 Medicamento contra indigestão e enjôo
1 Medicamento contra coliga e dores abdominais
1 Creme fernegan
3 Neosaldina e engov
1 estojo para guardar tudo
2 Tubos de oxigênio p/ altas altitudes
Higiene Pessoal:
Aparelho de barbear
Bucha
Cotonetes
Creme de barbear
Creme dental
Creme facial
Desodorante
Escova de cabelo
Escova dental
Fio Dental
Gel capilar
Lenços umedecidos
Papel higiênico
Perfume
Preservativo.
Protetor solar
Sabonete
Shampool 2x1
Talco chulé
Equipamentos vídeo e comunicação:
Aparelho de Posicionamento Global (GPS)
Câmera Digital - (pref, profissional).
Cartões de memória
Celulares
Filmadora digital
Intercomunicador
Note book
Tripé
MP 3 ou MP 4
Alimentação Emergencial:
Açúcar
Água
Alimentos desidratados
Biscoito
Chocolate
Goma de Mascar
Leite em pó
Nescafé
Sal
Salame
Suco natural
O material abaixo descrito poderá variar em função da moto utilizada
Acessórios utilizados na motocicleta:
- Alforje expansivo 30 litros
- Mala tanque expansiva 22 litros
- Pára-brisa
- Protetor do manete
- Lâmpada Cool Blue para farol principal
- Lâmpada Cool Blue para farol auxiliar
- Triângulo advertência
- Lâmpada sinaleira traseira
- Protetor de Motor
- Bagageiro para baú (reforçado)
- Extintor incêndio
Peças sobressalentes de reposição para motocicleta:
- Pastilhas de freio dianteira e traseiro
- Câmaras de ar e pneus (dianteira)
- Câmaras de ar e pneus (traseira)
- Lâmpada 15W piscas
- Cabo de acelerador
- Cabo embreagem
- Manete embreagem
- Manete freio
- Filtro combustível c/ mangueira
- Filtro óleo
- Óleo de motor
- Fusíveis 10A/15A
- Vela ignição
- jogo de relação
Manutenção da Motocicleta
Arame
Corda
Chaves fixas
Chaves Allen
Alicate universal
Kit chaves originais moto
Chaves fenda gedore robust
Fita isolante
Fita adesiva embalagem
Adesivo metálico poxi bonder
Kit reparador de pneu
Reparador instantâneo pneu Óleo lubrificante corrente
Jogo completo de relação
Flanela de limpeza
Caixa ferramentas pequena